terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Por que Informática na Educação?

A introdução da tecnologia em sala de aula coloca os estudantes e professores no mesmo campo – criando um novo desafio para os professores. Isso é sentido quando os estudantes sabem mais sobre tecnologia do que seus professores – ou simplesmente porque aprendem mais rapidamente. Inicialmente os professores podem sentir-se desconfortáveis nessa situação, mas eles descobrem também benefícios inesperados. les também desenvolvem um respeito novo por esses estudantes que trabalharam o suficiente para se tornarem “experts” na área e, muitas vezes, contam com eles para ajudar os outros.

À medida em que os professores realizam a mudança de papéis em sala de aula, eles começam ampliar sua idéia sobre o que significa ser um professor. Talvez mudem suas visões do ensino baseado no currículo, das tarefas individuais para o trabalho em grupo e do aprendizado passivo para o ativo.

Assim o professor coloca-se como agente de motivação, um estimulador das inteligências e agente orientador da felicidade. Com clareza de sua atitude transmite segurança e afeto. Neste sentido a máquina nunca irá substituir este professor e sim aqueles que são agentes de transmissão de informações.

Assim o professor, deve ter muito claro o que é importante do ponto de vista pedagógico e como tirar proveito desta tecnologia da informática; de maneira que os objetivos devem ser bem definidos ao se trabalhar em um ambiente informatizado, a fim de que os mesmos não se tornem obsoletos e acabem perdendo seu legitimo significado, isto é, usar o computador de forma inteligente. Caso contrário informatizar a educação fica sendo solução mercadológica, “moderninha” e paliativa.


Para onde queremos ir – o paradoxal


Na antiga aldeia global as relações pessoais eram muito profundas; nesta Aldeia Globalizada e “Globocolonizada”, estas relações passam ter valor de troca; vivemos a desumanização.

Segundo Gilberto Dimenstein: “Fala-se em uma nova doença a fadiga da informação, entre outros sintomas aponta-se a paralisia da capacidade analítica, o aumento das ansiedades e das dúvidas, a inclinação para decisões equivocadas e até levianas. O oxigênio da informação, sem o qual no passado recente não conseguiríamos respirar, terá de ser bem inalado para não nos ameaçar com a asfixia, o estresse, as neuroses e, quem sabe , o infarto.” (Aprendiz do Futuro: Cidadania hoje e amanhã).

Há um paradoxo: podemos ter uma “amizade íntima” com um japonês em Tóquio, um amigo Hi-tec, que não influa em nossas emoções e sentimentos. Acreditamos que a escola que estamos construindo inclua a humanização que passa pela ética e pela moral com temas como perdas, rupturas, situações de limite, a morte, o sexo (erotização precoce), a espiritualidade, a pluralidade étnica e cultural. Nessa educação, a idéia de felicidade não pode ser a soma de prazeres pela marca da roupa ou do tênis, mas sim aquela que ensine a olhar mais à sua volta, que através disso possa propiciar novas utopias, isto é, uma educação para a liberdade.

Que nosso estudante possa colocar o cérebro, o corpo, o coração e alma na resolução de problemas. Só desta forma poderemos então acreditar na formação de um sujeito integral, onde o fazer, o sentir e o pensar estão intrinsecamente interligados proporcionando possibilidades múltiplas de atividades diversificadas; apostamos que nossos estudantes aceitem os desafios propostos no processo de aprendizagem e acreditamos que a informática é uma grande ferramenta que pode possibilitar esses mecanismos.


Beatriz Sanz Vazquez e Fábio Della Paschoa Rodrigues

0 comentários:

Tecnologia do Blogger.